Até agora, os
homens formaram sempre ideias falsas sobre si mesmos, sobre aquilo que são ou
deveriam ser. Organizaram as suas relações mútuas em função das representações
de Deus, do homem normal, etc., que aceitavam.
Estes produtos do
seu cérebro acabaram por dominá-los; apesar de criadores, inclinaram-se perante
as suas próprias criações. Libertemo-los, portanto das quimeras, das ideias, dos
dogmas, dos seres imaginários cujo jugo os faz degenerar.
Revoltemo-nos
contra o império dessas ideias.
Ensinemos os homens
a substituir essas ilusões por pensamentos que correspondam à essência do
homem, afirma um; a ter perante elas uma atitude crítica, afirma outro; a
tirá-las da cabeça, diz um terceiro e a realidade existente desaparecerá.