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 Repensando o Brasil pela crítica oportuna e pertinente das Instituições.

NOVA REPÚBLICA: VELHAS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS.

 OS “ELES” QUEREM NOS FAZER CRER que vinte e cinco anos decorridos desde a instauração da Nova República, pela Constituição Cidadã, não seja tempo demasiado para consolidar práticas menos nefastas, e, portanto, aptas a iniciar o processo de amadurecimento republicano que a sociedade brasileira almeja no trato da coisa pública. E, por isso, faz-se, ainda, necessário contemporizarmos com o modo peculiar e antirrepublicano como as instituições são tomadas de assalto pelas oligarquias remanescentes, passando de pai para filho o controle sobre elas.

E isto é perceptível quando nos detemos um pouco e analisamos a trajetória pecaminosa que a recente história do Brasil desvela, na tentativa mal fadada de nossos administradores públicos em consolidar instituições verdadeiramente democráticas e republicanas, livres das mazelas do personalismo e da imoralidade administrativa, tão corriqueira e fatalmente nociva a qualquer nação que pretenda expurgar do cotidiano as práticas coronelistas do clientelismo e do assistencialismo eleitoreiro. E ao constatar que na política brasileira condutas reprováveis se revestem em vantagem lícita para captação de sufrágio eleitoral pelos partidos.

Diante disso, ouvir de uma pessoa leiga: “Se no Brasil o comando das instituições é passado de pai para filho, como uma espécie de herança ilícita, a exemplo das Prefeituras, dos Estados e da Magistratura Superior, ou seja, como as velhas capitanias hereditárias, então não há republicanismo, e sim, absolutismo disfarçado”. Os Cientistas Políticos e outras pessoas letradas a serviço dos “Eles” dirão que o país carece, ainda, de experiência republicana pela sua incipiência, apesar de termos passado pela Republica Velha, República Nova e, agora, a Nova República.

E quanto ao administrado, que peregrina pelos corredores das Instituições Públicas sem conseguir resolver coisas simples. Devido aos entraves burocráticos criados pelos apaniguados políticos, que ocupam ilegalmente as funções do Estado e, num vilipêndio voraz, dilapidam o erário, com o objetivo escuso de arrecadar recursos para financiamento das campanhas da mesma espécie deletéria de governantes que se revezam no poder desde o Império, entenderá ele, algum dia, que Temporariedade, Eletividade e Responsabilidade, são elementos indissociáveis ao sistema republicano?  E que, quando se fala em fortalecer a República no Brasil, quer-se, ao mesmo tempo, deixar subentendido que o que se pretende, de verdade, é tornar cada vez mais robustas as velhas oligarquias carcomidas pelo rancor e pelo desprezo ao povo brasileiro?

É, por essas e outras,  que pouco se tem para comemorar neste dia quinze de novembro. A menos que, como é comum em época de copa do mundo, enchamos nosso peito do falso orgulho que nos proporciona a “pátria de chuteiras” e façamos ecoar nos quatro cantos da terra nosso amor incondicional pela nossa “Pátria Amada, Salve! Salve-se quem puder!” E quem sabe nos esqueçamos da insignificância que o Estado “Dos Eles” reserva ao cidadão.

ENTÃO, como dizia um historiador português do século dezoito: “No Brasil cada homem é uma república”. E, para arrematar, é oportuno repetir as palavras do escritor paulista Oswald de Andrade: “O Brasil é uma república cheia de árvores e pessoas dizendo adeus”. Acontece que, assim como a decência, em terras tupiniquins, árvores são cada vez mais raras. EU É QUE NÃO ACREDITO MAIS NOS “ELES”. E VOCÊ?

Por: Adão Lima de Souza



Um comentário:

  1. TAL QUAL CAVALO DE DESFILE; ELES ESTAO CAGANDO E ANDANDO E, AINDA SAO APLAUDIDOS......

    Durval Braz

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